ADESÃO AO PRESERVATIVO MASCULINO: REALIDADE COMPORTAMENTAL E CONHECIMENTO DE UNIVERSITÁRIOS

ADESÃO AO PRESERVATIVO MASCULINO: REALIDADE COMPORTAMENTAL E CONHECIMENTO DE UNIVERSITÁRIOS

ADHERENCE TO CONDOM USE - BEHAVIORAL REALITY AND KNOWLEDGE OF UNIVERSITY

ADHERENCE TO CONDOM USE - BEHAVIORAL REALITY AND KNOWLEDGE OF UNIVERSITY 

Autores

Emmanoel Edson Ambrosio Quirino - Graduando do Curso de Bacharelado em Enfermagem. Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde - Campus Universitário do Araguaia, Universidade Federal de Mato Grosso- UFMT, Barra do Garças–MT. ORCID: https://orcid.org/0009-0002-9207-7517.

Elias Marcelino da Rocha - Mestre em Ciências da Saúde – UnB. Campus Universitário do Araguaia. Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT. Barra do Garças – MT. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0086-8286.

Andre Cantarelli Vilela - Graduado em Biomedicina, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Imunologia e Parasitologia Básicas e Aplicadas, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus Universitário do Araguaia (CUA), Barra do Garças - MT. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9254-642X.

Aline Aparecida Rodrigues - Estudante em Enfermagem, Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde - Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário do Araguaia, Barra do Garças - MT. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6886-5022.

Soyane Couto Fernandes - Estudante em Enfermagem, Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde - Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário do Araguaia, Barra do Garças - MT. ORCID: https://orcid.org/0009-0001-0711-7899

Alisséia Guimarães Lemes - Doutora em Enfermagem Psiquiátrica – USP. Docente - Campus Universitário do Araguaia, Universidade Federal do Mato Grosso, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6155-6473

RESUMO

INTRODUÇÃO: Homens e mulheres saberem a função do preservativo na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis e gravidez, várias situações dificultam o seu uso, entre elas, a ideia de que o preservativo interfere no prazer. OBJETIVO: Descrever o conhecimento e comportamentos de universitários sobre a adesão ao preservativo masculino. METODOLOGIA: Estudo exploratório descritivo, quantitativo, com 136 estudantes de uma Universidade Pública. RESULTADOS: A média de idade foi de 20 anos, maior parte são heterossexuais (76,5%); a maioria teve a primeira relação sexual aos 17 anos, sendo que 33,5% não usaram camisinha, 85% utilizam camisinha para evitar gravidez, 92,5% para prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis, 48,5% deixaram de ter relação sexual com penetração por não ter preservativo; 84% não utilizaram por não conseguir colocar e 54% tinham camisinha e não utilizou. CONCLUSÃO: Evidenciou a necessidade de repensar a educação sexual para instrumentalizar quanto a percepção, comportamento e adesão ao preservativo. 

Descritores: Preservativo masculino; estudantes; sexo seguro.

ABSTRACT

INTRODUCTION: Men and women recognize condoms' role in preventing both Sexually Transmitted Infections and pregnancy. However, various obstacles, such as concerns about reduced pleasure, impede their use. OBJECTIVE: To describe the knowledge and behaviors of university students regarding adherence to male condoms. METHODOLOGY: This was a descriptive, quantitative exploratory study involving 136 students from a public university. RESULTS: The average age was 20 years, with most identifying as heterosexual (76.5%). A significant portion (33.5%) did not use condoms. Furthermore, 85% used condoms for pregnancy prevention, 92.5% for Sexually Transmitted Infections prevention, while 48.5% ceased sexual activity due to a lack of condoms. Additionally, 84% faced challenges with putting on condoms, and 54% possessed unused condoms. CONCLUSION: These findings highlight the necessity to reevaluate sex education, providing individuals with the tools to comprehend, modify their behavior, and enhance adherence to condom usage.

Keywords: Condoms; students, safe sex.

RESUMEN

INTRODUCCIÓN: Hombres y mujeres reconocen el papel del preservativo en la prevención tanto de las infecciones de transmisión sexual como del embarazo. Sin embargo, diversos obstáculos, como la preocupación por la reducción del placer, impiden su uso. OBJETIVO: Describir los conocimientos y comportamientos de estudiantes universitarios en relación a la adherencia al preservativo masculino. MÉTODO: Se trató de un estudio descriptivo, cuantitativo y exploratorio en el que participaron 136 estudiantes de una universidad pública. RESULTADOS: La edad media fue de 20 años, y la mayoría se identificó como heterosexual (76,5%). Una parte significativa (33,5%) no utilizaba preservativos. Además, el 85% utilizaba preservativos para prevenir embarazos y el 92,5% para prevenir infecciones de transmisión sexual, mientras que el 48,5% abandonó la actividad sexual por falta de preservativos. Además, el 84% tuvo dificultades para ponerse los preservativos y el 54% poseía preservativos sin utilizar. CONCLUSIÓN: Estos hallazgos resaltan la necesidad de reevaluar la educación sexual, proporcionando a los individuos las herramientas para comprender, modificar su comportamiento y mejorar la adherencia al uso del condón.

Palabras clave: Preservativos; estudiantes, sexo seguro.

Tipo de artigo: Artigo Original

Recebido: 18/10/2023 Aprovado: 17/11/2023

INTRODUÇÃO 

O preservativo originou-se anterior a cristo e apresenta registros no decorrer da evolução da humanidade. No século XVII, tratava-se de um envoltório a base de linho, conhecido como CONDOM, confeccionado, comercializado e utilizado como meio preventivo. No ano de 1843, a borracha passou a ser a matéria-prima do preservativo, porém considerada pouca aderente, de preço elevado e anti-higiênica devido a reutilização. Apenas na década de 1990 surgiu o látex, com sua textura maleável, maior aderência, confortável e descartável, sendo o mesmo material utilizado na atualidade, inovado apenas por um processamento, acrescido no início dos anos 2000, no qual é realizada a inclusão de substâncias químicas, que visam diminuir resíduos que possam causar alergias1

Todavia, é comum a rejeição do seu uso em quaisquer dos gêneros. Nos últimos cem anos, ao mesmo tempo em que os contraceptivos atingiram popularidade, seguidos por uma campanha global de planejamento familiar de grande dimensão, a prática do sexo desprotegido e sua comunicação com as infecções adquiridas sexualmente continua premente, caracterizando as epidemias globais de Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) não superadas2. 

O conceito de comportamento de risco diz respeito à participação em atividades que possam comprometer a saúde física e mental do indivíduo3. Dentre os comportamentos de risco verificados na juventude, a conduta sexual desprotegida é bastante prevalente entre os indivíduos sexualmente ativos4,5. O comportamento sexual é considerado arriscado quando os indivíduos não utilizam o preservativo para evitar gestação indesejada e/ou proteger-se da contaminação por IST, por exemplo, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS)6

As IST constituem um problema de saúde pública a nível mundial. Segundo a Joint United Natios Program on HIV/AIDS, em 2017 cerca de 5000 pessoas foram infectadas por dia pelo HIV. Destes, 4400 eram jovens adultos com mais de 15 anos, dos quais 33% dos 15-24 anos e 19% do sexo feminino7.

No período da adolescência, ainda existe certa imaturidade quanto ao pensamento abstrato, o que pode fazer com que o adolescente não considere sua vulnerabilidade, expondo-se a riscos sem avaliar ou prever as consequências8. Assim, os jovens podem ter uma percepção distorcida do risco real da infecção por IST/HIV/AIDS nas relações sexuais, pensando que este é um perigo impossível ou altamente improvável.

Ao longo da história da epidemia foram assistidas as complexidades a serem consideradas no planejamento de políticas e ações de educação em saúde voltadas para o enfrentamento da epidemia de HIV/AIDS e da progressão de outras IST entre homens e mulheres. Pesquisas sugerem que essa dificuldade se deve as questões culturais que apontam para o alto percentual de homens que praticam sexo desprotegido, seja porque afirmam que interfere no prazer, seja porque prejudica as alusões à masculinidade9.

A literatura mostra que, embora homens e mulheres estejam cientes do papel do preservativo na prevenção das IST, muitos aspectos dificultam seu uso, inclusive a ideia de que o preservativo serve apenas como método contraceptivo. A percepção de que interfere na performance, na duração da relação e o tipo de relação afetivo-sexual a que estão associadas as parcerias9,10,11,12.

A dificuldade com o uso do preservativo foi documentada em diversos estudos, seja pela interferência na sensibilidade, no prazer, na percepção de baixo risco tanto para gravidez quanto para IST, bem como pela inconsistência de conhecimentos e práticas sobre o uso do preservativo9,13

Frente às mudanças comportamentais que o meio acadêmico proporciona, é relevante analisar como os universitários conduzem a sua vida sexual e o conhecimento sobre as IST, sendo este um fator importante para o desenvolvimento de trabalhos preventivos entre os jovens. É necessário sensibilizar a população acadêmica que qualquer pessoa está sujeita à infecção por IST, quando tem um comportamento de risco14

Diante desse contexto, a pergunta norteadora é:  qual é a adesão de universitários ao uso do preservativo masculino? Tendo como objetivo descrever o conhecimento e comportamento de universitários sobre a adesão ao preservativo masculino, bem como, identificar fatores que dificultam o uso correto do preservativo.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo exploratório descritivo com abordagem quantitativa, realizado em uma Universidade Pública no interior de Mato Grosso, que inclui-se 136 universitários masculinos, através de um questionário composto por questões com múltiplas escolhas, desenvolvido pelo próprio pesquisador, seguindo os princípios éticos da Resolução 466/12 que dispõe sobre pesquisa com seres humanos, tendo aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o Certificado de Apresentação de Apreciação Ética – CAAE: 65604317.2.0000.5587, sob parecer 2.062.048. 

Os critérios de inclusão adotados foram: Ser acadêmico matriculado na UFMT do vale do Araguaia; ter iniciado atividade sexual; não apresentar comprometimento cognitivo e físico que pudessem limitar a expressão. O critério de exclusão aplicado foi não haver respostas que fornecessem dados brutos suficientes para avaliar a associação entre a prática do uso do preservativo e as variáveis estudadas.

Os questionários foram entregues para os participantes de forma presencial, dando espaço e tempo para cada um responder sem interferência externa, por ser tratar de uma temática que ainda é considerada um tabu, houve uma dificuldade na abordagem e muitos relataram medo de discutir o tema ou de se expor. A pesquisa foi realizada no período matutino, vespertino e noturno, sendo que cada estudante foi orientado sobre o motivo da pesquisa.

Após a coleta de dados, foi realizada a análise, e utilizando o programa Epi Info versão 3.5.1. Assim sendo, o resultado foi gerado a partir de cálculo estatístico simples, pois resultou em uma melhor visualização dos dados coletados e analisados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO 

O estudo avaliou uma amostra de 136 estudantes com a média de 20 anos de idade, devidamente matriculados em uma Universidade Pública no interior de Mato Grosso. A maioria são solteiros, heterossexuais, moram com os pais ou sozinhos. A primeira relação sexual, é considerada um grande acontecimento na vida dos jovens, e tem iniciado cada vez mais precocemente. No contexto brasileiro, a idade média da primeira relação sexual é de 14 anos para os homens e 15 para as mulheres15.  No entanto, nesta pesquisa a média de idade para primeira relação sexual com penetração foi com 17 anos.

Pesquisas revelam que jovens tem a tendência de não usar camisinha no início de sua vida sexual e rotulam esta relação como casual. As principais justificativas alegadas para não adesão de modo consistente são: não gostar de usá-los, confiar na parceria e a imprevisibilidade das relações sexuais16.

No tocante ao uso da camisinha na primeira relação, 65,5% utilizaram o preservativo e 34,5% afirmaram não ter utilizado na primeira relação sexual (tabela 01).

Tabela 01 – Adesão ao preservativo na primeira relação sexual (n=136). Região centro-oeste do estado de Mato Grosso, Brasil, 2023.

Primeira relação sexual

%

Com camisinha

89

65,5%

Sem camisinha

47

34,5%

Total

136

100,0%

Fonte: QUIRINO, EEA., 2023.

Um terço dos jovens torna-se sexualmente ativos antes dos 15 anos. Embora pesquisas mostrem que a adoção ao preservativo entre a população aumentou de 37% em 1998 para 55% em 2005, esses índices se referem apenas a primeira relação sexual com uma nova parceria. De modo geral, 62% dos jovens não utilizam rotineiramente a camisinha em todas as relações, o que reforça a necessidade de sustentar e ajustar propostas para a prevenção das IST/HIV17.

No questionamento acerca da adesão ao preservativo masculino, para evitar a gravidez indesejada 85% afirmaram que é motivo de preocupação a possibilidade de gravidez. Em relação a prevenção de IST, as principais justificativas demonstradas foram que 92,5% afirmaram que o risco de contaminação é um motivo para usar o preservativo e 71% mencionaram que é indispensável o uso da camisinha quando não conhece a parceria (tabela 02). 

Tabela 02 - Motivos pelo qual usa ou usaria o preservativo (n=136). Região centro-oeste do estado de Mato Grosso, Brasil, 2023. 

Evitar gravidez 

N

%

Não 

21

15%

Sim 

115

85%

Total 

136

100,0%

Evitar IST 

N

%

Não 

10

7,5%

Sim 

126

92,5%

Total 

136

100,0%

Não conhecer a parceria

N

%

Não 

39

29%

Sim 

97

71%

Total 

136

100,0%

Fonte: QUIRINO, EEA., 2023.

Enfatiza a relação entre homens e prevenção da AIDS18. A partir dos estudos encontrados na revisão integrativa, os autores apontaram, entre outros aspectos, a centralidade da camisinha na prevenção. No entanto, esse elemento aparece na literatura especialmente a partir da problematização da aceitação de seu uso por parte dos homens. Nesse sentido, os autores ressaltaram o consenso de que os motivos para o não uso da camisinha são estruturados a partir de modelos de crenças presentes no imaginário social18.

Pesquisa realizada no Brasil19, mencionou que uma variável de mil pessoas do sexo masculino de 18 anos ou mais de idade que tiveram relações sexuais nos últimos 12 meses e que não usaram camisinha na última relação sexual, 79,7% afirmaram que o motivo de não ter usado camisinha foram por confiar em suas parcerias, 10,6% por não gostar, 8,9% usaram outro método para evitar a gravidez e 2% queriam ter filhos.

Todavia, ainda é comum a rejeição do seu uso em diferentes faixas etárias, a subutilização do preservativo pode estar associada, com a conquista de uma relação estável, bem como a confiança depositado sobre as parcerias sexuais20. Neste enredo descobriu-se ainda que 48,5% deixaram de ter relação sexual com penetração por não ter preservativo a disposição (tabela 03). 

Tabela 03 – Não teve relação sexual com penetração por falta de camisinha (n=136). Região centro-oeste do estado de Mato Grosso, Brasil, 2023. 

Não ter camisinha 

N

%

Não 

70

51,5%

Sim 

66

48,5%

Total 

136

100,0%

Fonte: QUIRINO, EEA., 2023.

O consumo de bebida alcoólica influencia o comportamento sexual de risco. A ingestão de álcool entre os universitários é comum e contribui significativamente para o risco dos estudantes nas atividades sexuais com vulnerabilidade. Como a bebida facilita e motiva a interação social e sexual entre as pessoas, os comportamentos sexuais de risco podem ocorrer no contexto de seu uso, já que esses estão mais vulneráveis a ter relação sexual com algum desconhecido e não discutir temas de risco antes da relação. Além disso, seu uso está associado com uma menor adesão ao preservativo, um dos principais fatores protetores21.

Pesquisa desenvolvida no Campus de Harvard sobre Alcohol Study evidenciou que estudantes que beberam pela primeira vez antes dos 13 anos de idade tiveram o dobro de chances de praticar sexo não planejado e 2,2 vezes mais chances de se envolverem em relação sexual desprotegida, quando comparados com estudantes que iniciaram o uso de bebida alcoólica após 19 anos22. Nesta pesquisa em análise evidenciou-se que, 36,8% dos entrevistados relataram não terem feito uso de álcool nas últimas relações, no entanto, 31,6% afirmaram ter ingerido bebida alcoólica na ocasião do último envolvimento sexual.  

Na análise da tabela 04, foi observado que 84% dos entrevistados não utilizaram o preservativo durante a prática sexual por não terem conseguido colocar, da mesma maneira explicitou-se ainda que 54% disseram que tinham camisinha e não utilizou no ato sexual.

Tabela 04 – Adesão ao uso da camisinha durante a prática sexual com penetração (n=136). Região centro-oeste do estado de Mato Grosso, Brasil, 2023.

Não conseguiu colocar 

N

%

Não 

114

84,0%

Sim 

22

16,0%

Total 

136

100,0%

Tinha camisinha e não usou

N

%

Não 

62

46,0%

Sim 

74

54,0%

Total 

136

100,0%

Fonte: QUIRINO, EEA., 2023. 

Neste trabalho com os 136 universitários, os motivos mais alegados pelos jovens universitários para o não uso rotineiramente do preservativo foi a dificuldade e destreza para a colocar a camisinha, ter parceria sexual fixa, diminuição do prazer ou por não ter o preservativo no momento da relação sexual.

Na pesquisa realizada no município de São Paulo, ressalta que, 69,8% dos adolescentes afirmaram que o preservativo diminui o prazer sexual23. De igual modo nos estudos efetuados em Fortaleza no estado do Ceara, 29,6% dos entrevistados queixaram-se também de que a camisinha diminui o prazer24. Entre as justificativas para a reconhecida resistência masculina ao uso da camisinha, inquérito bibliográfico identificou-se a expressão de que ela é incômoda, implica uma interrupção do desenrolar da cena sexual, reduz o prazer e gera o temor de perda da ereção ou de mau desempenho sexual25.

No tocante à faixa etária, quanto maior a idade, menor a adesão ao preservativo. O primeiro motivo para justificar esses dados podem estar associados a relacionamentos mais estáveis e à confiança na parceria. O segundo motivo, em ambos os sexos, foi que o preservativo “quebra o clima da transa”, também relacionado com o argumento de que a prática sexual com o uso desse método perderia a naturalidade, interferindo na espontaneidade do ato. Em terceiro lugar, com o mesmo percentual, foram aludidas duas justificativas: “porque acha que não precisa” e “porque o(a) parceiro(a) não gosta”26

São muitas as razões para comportamentos sexuais desprotegidos    entre    adolescentes e, sem    dúvida, o    desconhecimento   sobre   o   próprio   corpo, os   métodos   contraceptivos e seu uso correto têm fortes evidências. Outros estudos reforçam que a aplicação do conhecimento é uma forma de prevenir a gravidez na adolescência, evitando que o futuro da adolescente seja comprometido27,28.

Tabela 05 - Conhecimento sobre o tamanho e uso de preservativo masculino (n=136). Região centro-oeste do estado de Mato Grosso, Brasil, 2023.

Tem diferentes tamanhos de camisinha? 

N

%

Não 

14

10,0%

Sim 

122

90,0%

Total 

136

100,0%

Qual o tamanho que você usa?

N

%

52 

7

5,0%

54 

12

9,0%

56 

18

13,0%

58 

5

4,0%

Não sei 

86

63,0%

Não uso 

8

6,0%

Total 

136

100,0%

Fonte: QUIRINO, EEA., 2023.

Neste trabalho encontrou-se relatos que a maioria já sentiu incomodo, desconforto ou dor durante as relações sexuais ao usar o preservativo.  A dificuldade sobre o uso de preservativo vem sendo registrada em diferentes estudos, seja por alegação de interferência no prazer, baixa percepção de risco pelo uso inconsistente que o preservativo pode trazer, e pela insciência no que se refere ao conhecimento e prática acerca do seu uso9,13.

A literatura científica demonstra que, apesar de homens e mulheres conhecerem a eficácia do preservativo na prevenção de IST e gravidez, vários aspectos dificultam o seu uso, entre eles, a ideia de que o preservativo é apenas como método contraceptivo; a percepção de que ele interfere negativamente no prazer, performance sexual e nas preliminares9,10,11,12

Neste estudo identificou-se que quase metade dos entrevistados disseram que seja sempre, as vezes ou raramente a camisinha poderá interferir ou levar a perda da ereção peniana. A falta de habilidade de adolescentes e jovens no manejo do preservativo é uma constante realidade na população masculina. Tal comportamento se dá pela falta educação sexual, onde eles não têm liberdade em dialogar tranquilamente com os pais ou até mesmo nas instituições de ensino, para o aprendizado correto desse método e consequentemente pela ansiedade, medo e inexperiência, poderá acontecer perda da ereção.

Tabela 06 – Desconforto, diminuição do prazer e perda da ereção em relação ao uso do preservativo (n=136). Região centro-oeste do estado de Mato Grosso, Brasil, 2023.

Desconforto/machuca 

N

%

As vezes 

51

37,5%

Nunca 

41

30,5%

Raramente 

37

27,0%

Sempre 

7

5,0%

Total 

136

100,0%

Camisinha diminui o prazer 

N

%

As vezes 

46

33,9%

Nunca 

32

23,7%

Raramente 

30

22,0%

Sempre 

28

20,3%

Total 

136

100,0%

Perde ereção 

N

%

As vezes 

25

18,5%

Nunca 

71

52,5%

Raramente 

35

25,5%

Sempre 

5

3,5%

Total 

136

100,0%

Fonte: QUIRINO, EEA., 2023.

Neste sentido e conforme exposto na tabela 07, está pesquisa mensurou que 61% dos universitários nunca treinaram a colocação correta do preservativo.  Em consonância com esse achado a pesquisa em Mato Grosso do Sul, descreveu que a maioria dos adolescentes e jovens apresentavam dúvidas ou desconhecimento no procedimento da colocação do preservativo29. Complementou ainda que, muitos deles afirmaram ter conhecimento, no entanto na prática, nos grupos focais, foi evidenciado muitas dúvidas e erros que podem interferir diretamente na prática do sexo seguro. 

Tabela 07- Habilidade em relação ao preservativo (n=136). Região centro-oeste do estado de Mato Grosso, Brasil, 2023.

Treina o uso do preservativo?

N

%

Nunca treinou 

83

61,0%

Sim 

53

39,0%

Total 

136

100,0%

Tem dificuldade para colocar?

N

%

Nunca 

50

37,0%

Raramente 

76

56,0%

Sempre 

10

7,0%

Total 

136

100,0%

Estourou ou saiu durante a penetração?

N

%

Sim 

54

40,0%

Não 

82

60,0%

Total 

136

100,0%

Fonte: QUIRINO, EEA., 2023.

Este estudo destaca a escassez de pesquisas abordadas a partir da premissa onde adolescentes deveriam ter acesso livre de culpa, preconceito, dogmas religiosos e culturais referentes ao uso do preservativo masculino.  Além da acessibilidade, todo homem deveria ser orientado quanto a necessidade de treinar o manuseio correto da camisinha dentro do próprio quarto ou banheiro, a fim de adquirir destreza manual e assim desenvolver habilidade e agilidade para colocação, bem como, a retirada do preservativo de forma devida e sem embaraço.

 A falta de rapidez quanto ao manuseio preciso da camisinha, poderá causar ansiedade e temor, levando alguns homens a perda da ereção pela demora ao desenrolar o preservativo e até mesmo a colocação errônea, possibilitando que a camisinha possa, incomodar, estourar ou sair durante a penetração e por consequência muitos homens recusam a usar o preservativo. 

No tocante a dificuldade para colocar o preservativo, 37% alegaram que nunca tiveram empecilho para o uso correto. O uso consciente e responsável da camisinha sempre foi questionado nos estudos, principalmente quando se fala de IST/HIV e gravidez não planejada. 

Devido persistência da dificuldade de homens na utilização do preservativo nas práticas sexuais, torna-se importante ampliar a compreensão acerca dos motivos relacionados a essas dificuldades e formas de que esses conhecimentos produzidos se repercutam nas práticas de educação em saúde. Neste sentido, há necessidade de que coloquem os sujeitos como participantes da construção do seu próprio saber e que se constituam como estratégias flexíveis e sensíveis às diferenças individuais e grupais, no contexto das desigualdades e vulnerabilidades30.

Notou-se neste cenário que 40% relataram que já aconteceu de estourar ou sair o preservativo durante a penetração. A camisinha pode estourar, sobretudo se for usada de forma errada, se estiver vencida ou em mau estado de conservação31. Entre os principais elementos que levam ao rompimento do preservativo estão os de aspectos emocionais e psicológicos, gerando nervosismo e insegurança diante da parceria sexual. 

Os homens com objetivos que garantir uma boa performance sexual, acaba não retirando corretamente o ar da camisinha, bem como não conseguindo desenrolar a mesma até a base do pênis, dessa maneira terá uma maior probabilidade de estourar ou sair durante o intercurso sexual. 

Essa pesquisa ainda mensurou onde os entrevistados adquirem o preservativo, na tabela 08, mostra que 73% adquirem na farmácia, 34,5% nos centros de saúde e 44% em supermercado. 

Tabela 08 – Onde adquire o preservativo (n=136). Região centro-oeste do estado de Mato Grosso, Brasil, 2023.

Farmácia 

N

%

Não 

37

27,0%

Sim 

99

73,0%

Total 

136

100,0%

Centro de saúde 

N

%

Não 

89

65,5%

Sim 

47

34,5%

Total 

136

100,0%

Supermercado 

N

%

Não 

76

56,0%

Sim 

60

44,0%

Total 

136

100,0%

Fonte: QUIRINO, EEA., 2023.

Para a camisinha ser um eficaz método de controle de natalidade e/ou de transmissão de infecções, ela precisa ser usada corretamente. Apesar de ser um método muito simples e praticamente intuitivo, algumas regras precisam ser respeitadas tais como: Comprar camisinhas em locais autorizados. Outro ponto importante é a data de validade do produto; se o envelope estiver danificado, recuse; expô-las ao calor danificará o látex, favorecendo seu rompimento; a camisinha é um produto descartável e de uso único; para reduzir o risco das IST, o preservativo deve ser colocado antes que haja qualquer contato entre as genitálias, mesmo se ainda não houver intenção de penetração, só deve ser colocado quando o pênis estiver ereto; as camisinhas já vêm lubrificadas; após a retirada, deve-se dar um nó na base da camisinha e desprezá-la na lixeira32.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste estudo foi possível avaliar o número e complexidade de fatores que estão associados ao não uso de preservativo pelos acadêmicos entrevistados, no qual fazem parte a falta de conhecimento sobre os preservativos, quanto ao seu uso correto e confiabilidade, sendo mais enfatizado a diminuição do prazer, não conseguir colocar a camisinha corretamente, ter o preservativo e não utilizar no ato sexual e não saber o tamanho da camisinha que proporciona um maior conforto.

 A identificação destes fatores, demonstra uma visão ampla da realidade, que evidência, por meio dos resultados adquiridos, as possíveis fragilidades das políticas já existentes, incluindo a educação sexual. Por conseguinte, elaborar novas estratégias e metodologias a fim de refletir alcançar novas condutas, diminuir comportamento sexual de risco, e consequentemente investir em promoção de saúde, redução de riscos e vulnerabilidades. 

Evidenciou que os universitários precisam externar sobre o aprendizado, comportamento, adesão e percepções sobre o uso da camisinha masculina. Faz-se necessário repensar a educação sexual para melhor instrumentalizar adolescentes e jovens quanto as atitudes de vulnerabilidade, bem como as possíveis consequências. Desta forma, tornam-se necessário ações de educação em saúde, focadas em metodologias ativas, auxiliando na sensibilização de uma vida sexual responsável, valorizando o autocuidado com o próprio corpo com atitudes que levará na diminuição às exposições de riscos.

REFERENCIAS 

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