ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO ESTADO DE PERNAMBUCO

Carlos Antonio de Lima Filho; Diogo de Oliveira Caires; Sebastião Alves Santana Neto; Matheus dos Santos Carvalho; Pedro Marconi Aragão de Souza; Ana Luiza Melo dos Santos; Camilla Siqueira de Freitas Gois; Sarah Rosalva Gomes de Lacerda; Amanda de Oliveira Bernardino

doi:10.36489/nursing.2023v26i305p9965-9972

Autores

Carlos Antonio de Lima Filho Universidade Federal de Pernambuco - Centro Acadêmico de Vitoria (UFPE-CAV) https://orcid.org/0000-0001-5517-0347
Diogo de Oliveira Caires Faculdade de Ciências Médicas de Jaboatão dos Guararapes (FCM) https://orcid.org/0000-0001-6275-9272
Sebastião Alves Santana Neto Faculdade de Ciências Médicas de Jaboatão dos Guararapes (FCM) https://orcid.org/0000-0001-6098-6199
Matheus dos Santos Carvalho Faculdade de Ciências Médicas de Jaboatão dos Guararapes (FCM) https://orcid.org/0000-0001-5835-191X
Pedro Marconi Aragão de Souza Faculdade de Ciências Médicas de Jaboatão dos Guararapes (FCM) https://orcid.org/0009-0004-3599-2721
Ana Luiza Melo dos Santos Faculdade de Ciências Médicas de Jaboatão dos Guararapes (FCM) https://orcid.org/0009-0009-4260-3612
Camilla Siqueira de Freitas Gois Faculdade de Ciências Médicas de Jaboatão dos Guararapes (FCM) https://orcid.org/0009-0005-9135-0448
Sarah Rosalva Gomes de Lacerda Faculdade de Ciências Médicas de Jaboatão dos Guararapes (FCM) https://orcid.org/0009-0003-3452-2261
Amanda de Oliveira Bernardino Universidade de Pernambuco (UPE) https://orcid.org/0000-0002-1011-8964

DOI:

https://doi.org/10.36489/nursing.2023v26i305p9965-9972

Palavras-chave:

Animais venenoso, Monitoramento Epidemiológico, Vigilância em Saúde Pública

Resumo

Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos no estado de Pernambuco, entre 2018 e 2022. Método: Pesquisa epidemiológica do tipo quantitativa, realizada com secundários do SINAN. Selecionado às variáveis: sexo, faixa etária, raça, escolaridade, gestação, local de picada, tempo de atendimento, tipo de acidente, soroterapia, classificação e evolução final. Os Programa Microsoft Excel e Word foram utilizados para análise estatística. Resultados: Foram notificados 105.005 casos, predominando-se em períodos quentes e chuvosos. Houve maior notificação no sexo feminino (53,05%), dos 20 aos 39 anos (31,74%), ensino fundamental incompleto (15,96%), pardos (67,88%) e não gestantes (87,07%). A maioria dos acidentes foram causados por escorpiões (73,39%), originando-se nos pés (30,35%), com atendimento médico em até 1 hora (47,74%), leves (85,73%), evoluindo para cura (91,52%) sem soroterapia (82,92%). Conclusão: Torna-se evidente a importância de medidas para seu controle, principalmente em orientações populacional e o preenchimento correto da ficha de notificação.

Referências

Neves PHM, Pereira VA, Martins CPT. Perfil clínico-epidemiológico dos acidentes com animais peçonhentos em uma microrregião de Minas Gerais, Brasil. RSD. 2022;11(10):e386111032878.

Biz MEZ, Azeredo GCC, Frigini Junior J, Panhoca HD, Souza TMC, Crovador MC, et al. Perfil epidemiológico em território brasileiro dos acidentes causados por animais peçonhentos:retrato dos últimos 14 anos. REAS. 2021; 13(11):e9210.

Medeiros AMB, Sousa Neta AF, Farias YC, Mamédio RHN, Andrade Filho JD, Nogueira NS, et al. Perfil epidemiológico de acidentes por animais peçonhentos em Minas Gerais. RSD. 2022;11(1):e23411124612.

Lopes LD, Lisbôa JDB, Silva FG. Perfil clínico e epidemiológico de vítimas de acidentes por animais peçonhentos em Santarém – PA. J Health NPEPS. 2020;5(2):161-78.

Barbosa IR. Aspectos clínicos e epidemiológicos dos acidentes provocados por animais peçonhentos no estado do Rio Grande do Norte. Rev Ciência Plural. 2015;1(3):2-13.

Silva JH, Giansante S, Silva RCR, Silva GB, Silva LB, Pinheiro LCB. Perfil epidemiológico dos acidentes com animais peconhentos em Tangará da Serra-MT, Brasil (2007-2016). J Health NPEPS. 2017;2(Supl.1):5-15.

Souza CMV, Machado C. Animais peçonhentos de importância médica no município do Rio de Janeiro. J Health NPEPS. 2017; 2(1):16-39.

Bomfim VVBS, Santana RL, Guimarães CD. Perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos na Bahia de 2010 a 2019. RSD. 2021;10(8):e38710817113.

Rodrigues AEP, Barbosa OS, Bitencourt EL, Batista KC, Costa KS, Ribeiro SMG, et al. Perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos no Tocantins no ano de 2019. 2021;7(4):47-53.

Cordeiro EC, Almeida JS, Silva TS. Perfil epidemiológico de acidentes com animais peçonhentos no estado do maranhão. Revista Ciência Plural. 2021;7(1):72-87.

Ferreira ICS, Borges GH. Perfil epidemiológico dos acidentes causados por animais peçonhentos no município de Patrocínio, Minas Gerais: retrato de uma década. Rev Epidemiol Control Infect. 2020;10(4):1-10.

Moreira WC, Rodrigues MR, Sena IVO, Caracas MMT, Rola Júnior CWM, Sousa IS. Aspectos epidemiológicos dos acidentes por animais peçonhentos no Nordeste brasileiro. Rev Pesq Cui Fundamental. 2022;14:e11099.

Benchimol EI, Smeeth L, Guttmann A, Harron K, Moher D, Petersen I, et al. The REporting of studies Conducted using Observational Routinely-collected health Data (RECORD) statement. PLoS Med. 2015;12(10):e1001885.

Brasil. Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades e Estados. Pernambuco. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pe.html

Brasil. Ministério da Saúde. Resolução n°466, de 12 de dezembro de 2012. Disponível em: http://www.conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf

Lima CA, Leal ALR, Mangueira SAL, Costa SM, Santos DF. Vigilância em saúde: acidentes e óbitos provocados por animais peçonhentos na região Sudeste – Brasil, 2005-2015. Rev Pesq Cui Fundamental. 2020;12:20-28.

Gonçalves JE, Medeiros SMFRS, Cavalcanti IDL, Mendes RCMG, Bezerra INM, Nóbrega MM, et al. Acidentes por animais peçonhentos: uma análise do perfil epidemiológico na região Nordeste do Brasil no período de 2010 a 2019. RSD. 2020;9(10):e4679108843.

Cheung R, Machado C. Acidentes por animais peçonhentos na região dos lagos, Rio de Janeiro, Brasil. J Health NPEPS. 2017;2(Supl.1):73-87.

Fiszon JT, Bochner R. Subnotificação de acidentes por animais peçonhentos registrados pelo SINAN no Estado do Rio de Janeiro no período de 2001 a 2005. Rev Bras Epidemiol. 2008;11(1):114-27.

Silva MLB, Durovini P, Mota P, Kritski AL. Fatores associados à subnotificação de casos de tuberculose multirresistente no Estado do Rio de Janeiro, Brasil: relacionamento probabilístico entre sistemas de informação. Cad Saúde Pública. 2021;37(10):e00293920.

Silveira JL, Machado C. Epidemiologia dos acidentes por animais peçonhentos nos municípios do Sul de Minas Gerais. J Health NPEPS. 2017;2(Supl.1):88-10.

Albuquerque MCA, Lyra Filho CRN, Amorim MLP, Lins IBL, Lima PVC, Mello MJG. Animais peçonhentos em Pernambuco: crianças em risco. Rev Bras Saúde Mater Infant. 2022;22(1):177-85.

Lima Filho CA, Silva MVB, Bernardino AO, Vieira CM, Nunes AMB, Souza KRF, et al. RSD. 2022;11(14):e279111436371.

Albuquerque CF, Correia JM, Vizzoni VJ, Assunção CF, Campos CRS, Vidal AP, et al. Perfil de gestantes acometidas por acidentes envolvendo animais peçonhentos no Brasil, de 2009 a 2021. REAS. 2023;23(2):e11833.

Tavares AV, Araújo KAM, Marques MRV, Leite R. Epidemiology of the injury with venomous animals in the state of Rio Grande do Norte, Northeast of Brazil. Ciênc Saúde Coletiva. 2020;25(5):1967-78.

Santana CR, Oliveira MG. Avaliação do uso de soros antivenenos na emergência de um hospital público regional de Vitória da Conquista (BA), Brasil. Ciênc Saúde Coletiva. 2020;25(3):869-78.

Vieira GPS, Machado C. Acidentes por animais peçonhentos na região serrana, Rio de Janeiro, Brasil. Journal Health NPEPS. 2018;3(1):211-27,

Silveira AL. Novos registros geográficos da aranha-marrom Loxosceles amazônica Gertsch, 1967 (Araneae, Sicariidae) no Nordeste do Brasil e sua importância médica. Rev Med Minas Gerais 2015; 25(1): 37-45.

Siqueira DED, Luz JBO, Lima JHF, Purim KSM, Mendes LB, Nascimento LVAM, et al. Perfil clínico e epidemiológico dos acidentes por Lepidópteros, do gênero Lonomia, atendidos no CIATox/PR, 2015-2019. Medicina (Ribeirão Preto). 2023;56(1):e-193065.