MATÉRIA

O VALOR DA ENFERMAGEM NO PROCESSO DE VACINAÇÃO CONTRA INFLUENZAS E COVID-19

 Lilian Castilho – MTb: 49.603

Profissionais da Enfermagem desempenham papeis fundamentais para o sucesso dos resultados em campanhas vacinais, como agentes responsáveis pela aplicação, cuidados essenciais em pessoas vulneráveis e divulgadores de informações fidedignas e seguras à população.

OLHO  1: “...enfermeiros e técnicos de enfermagem desempenham um papel fundamental na educação em saúde, esclarecendo dúvidas e promovendo a conscientização sobre a importância da imunização”

OLHO 2: A colaboração entre essas duas áreas é fundamental para promover a excelência na vacinação, buscando garantir uma imunização efetiva e segura para a população”.

A Enfermagem desempenha um papel fundamental na proteção da saúde pública, especialmente em tempos de pandemia. No Brasil, a atuação dos enfermeiros e técnicos de enfermagem na campanha de vacinação contra as influenzas sazonais e a COVID-19 tem sido de extrema relevância para conter a propagação dessas doenças e preservar vidas. Esta matéria aborda a importância do trabalho da Enfermagem no processo de imunização, cuidados com os grupos vulneráveis e destaca os desafios enfrentados pela categoria.

A reportagem conversou com a Dra. Anna Luiza de Fatima Pinho Lins Gryschek, enfermeira, professora da Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), membro do Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da Escola de Enfermagem da USP e Professora livre-docente. Já atuou na Secretaria Municipal da Saúde do Município de São Paulo, durante 34 anos, com trabalhos importantes na área da Enfermagem e na área da Saúde. Atualmente, também atua na área de Imunização, a qual considera extremamente importante; e com a atual presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, médica graduada pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da PUC-SP ; membro da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização do Programa Nacional de Imunizações (CTAI-PNI), do comitê de Imunizações da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), da Sociedad Latinoamericana de Infectologia Pediatrica (SLIPE) e autora, coautora, coeditora ou colaboradora de numerosas publicações científicas. Entre elas, os livros "Vacinar, sim ou não? Um guia fundamental" (MG Editores, 2018), Manual Prático de Imunizações (Guanabara Koogan, 2023); Imunizações (Editora Segmento Farma, 2011) e guias de imunização em parceria com outras sociedades médicas; para falarem mais sobre o processo de vacinação, a relação com o trabalho dos profissionais da enfermagem no alcance dos melhores resultados à máxima imunização e cuidados com a saúde e bem-estar físico da população num contexto geral.

Profissionais da categoria representam a linha de frente da imunização no Brasil, exercendo um papel estratégico em todas as etapas do processo de vacinação. Desde o planejamento e organização das campanhas até a aplicação das doses, os enfermeiros e técnicos de enfermagem desempenham funções essenciais que garantem o sucesso das iniciativas de proteção em massa.

Para a Dra. Anna Luiza Gryschek, a imunização emerge como tema de maior importância e pertinência na área da saúde. Comprovadamente, a vacinação se apresenta como um dos principais recursos responsáveis por transformar o cenário de doenças imunopreveníveis no Brasil. Além disso, a imunização desempenha um papel crucial na elevação da expectativa e melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.

Através das campanhas de vacinação, as autoridades de saúde têm obtido resultados significativos na prevenção e controle de doenças evitáveis por meio da imunização. Esses esforços têm impactado positivamente na saúde pública, garantindo que as gerações atuais e futuras desfrutem de uma maior proteção contra enfermidades que antes eram uma ameaça à população.

“A imunização, portanto, desempenha um papel-chave no progresso da saúde no Brasil. Ao promover a prevenção de doenças, a vacinação contribui para aumentar a expectativa de vida e proporcionar uma melhor qualidade de vida para todos os brasileiros”, enfatiza Gryschek.

Nesse contexto, a contínua promoção da imunização e o investimento em campanhas de vacinação são elementos fundamentais para fortalecer ainda mais a saúde pública do país e garantir o bem-estar da população.

Desafios na adesão à vacinação contra Influenza A e B, e Covid-19

De acordo com a Dra. Anna Luiza, a vacinação contra a Influenza A e COVID-19 enfrenta desafios na adesão da população, motivados por algumas situações peculiares. A vacina contra a Influenza, por exemplo, precisa ser administrada anualmente, uma vez que a cada ano novos componentes e cepas do vírus são agregados à fórmula para melhor proteção.

No entanto, a natureza anual da vacinação pode gerar uma resistência na população, que muitas vezes não enxerga a necessidade de receber uma nova dose anualmente. Além disso, a população de idosos, que é particularmente vulnerável à Influenza, pode apresentar preconceitos em relação à vacina, acreditando equivocadamente que ela pode causar a gripe.

“Nesse sentido, é essencial que os profissionais de saúde, especialmente a equipe de Enfermagem, esclareçam de forma enfática para a população que a vacina contra a Influenza é fabricada com vírus mortos e fragmentados, ou seja, não há nenhuma possibilidade de ela causar a gripe”, explica a enfermeira.

No caso da vacina contra a COVID-19, um desafio semelhante é observado, já que uma única dose não é suficiente devido à variabilidade das cepas do vírus. Atualmente, a quarta edição de vacinas está sendo administrada, o que indica a necessidade de revacinação para garantir a proteção adequada.

A oferta de diferentes esquemas vacinais, com várias vacinas disponíveis, como ocorre com a COVID-19, e a vacinação anual contra a Influenza pode, de alguma maneira, impactar a adesão da população. Torna-se fundamental que as autoridades de saúde promovam campanhas de conscientização e esclarecimento, destacando a importância dessas vacinas e dissipando possíveis mitos e receios.

Mônica Levi explica, que além dos conhecidos vírus Influenza A, como o H1N1 e H1N2, há também a Influenza B, cuja participação nas infecções respiratórias costuma aumentar tardiamente, no fim do inverno. Por esse motivo, a composição das vacinas sempre inclui o vírus Influenza B, seja em sua variante prevalente ou duas variantes nas vacinas tetravalentes.

De acordo com a presidente da SBIm, além da Influenza, outros vírus respiratórios também despertam preocupações na saúde pública. O vírus sincicial respiratório (VSR) é um deles, e sua circulação é motivo de atenção, especialmente em grupos de risco, como crianças e idosos.

“Evidentemente, a pandemia da Covid-19 está no centro das preocupações de saúde em todo o mundo. O SARS-CoV-2 continua desafiando a comunidade global de saúde, exigindo esforços contínuos para conter sua disseminação e proteger a população”, ressalta Mônica Levi.

Nesse contexto, é fundamental manter a vigilância e investir em estratégias de prevenção e imunização contra esses vírus respiratórios. A inclusão de diferentes cepas nas vacinas é uma abordagem essencial para garantir a eficácia e proteção adequada contra as infecções respiratórias, que representam uma ameaça significativa à saúde pública em determinadas épocas do ano.

Para Mônica, a conscientização da população sobre a importância da vacinação, especialmente em grupos mais vulneráveis, é um ponto crucial para reduzir o impacto dessas infecções respiratórias e garantir a proteção de todos. A prevenção e controle desses vírus respiratórios são fundamentais para promover a saúde e bem-estar da sociedade na totalidade, especialmente em tempos de pandemia contínua.

Fake news formando barreiras ao conhecimento

De acordo com Mônica Levi, as principais preocupações no enfrentamento da pandemia de Covid-19 estão relacionadas às fake news e à falta de percepção de risco por parte da população. A disseminação de informações falsas tem gerado temores infundados em relação à vacina, levando muitas pessoas a temerem mais a imunização do que a própria doença. “Contudo, é importante ressaltar que a grande maioria dos casos de Covid-19 atualmente são formas leves da doença, graças à vacinação em massa”, pontua.

Apesar disso, segundo a presidente da SBIm, a cobertura vacinal para a dose de reforço ainda é relativamente baixa no Brasil, alcançando apenas 14% com a bivalente, recomendada a partir dos 18 anos. A luta contra as fake news e a percepção de risco são fundamentais para a garantia de controle efetivo da pandemia, visto que a Covid-19 ainda continua causando a morte de cerca de 200 pessoas diariamente.

No que diz respeito às crianças, elas têm sido as maiores vítimas da falta de adesão à vacinação. A cobertura vacinal para crianças menores de cinco anos é de apenas 10%, enquanto para as crianças entre cinco e 11 anos é de 40%. Pais não estão levando seus filhos para receberem o esquema primário de vacinação, o que representa um longo caminho a percorrer na luta contra a doença.

“É essencial compreender que a Covid-19 ainda representa uma ameaça séria à saúde pública, com internações e vítimas fatais. Minimizar os efeitos da doença é um erro que pode ter consequências graves. É crucial incentivar a vacinação em toda a população, especialmente entre os grupos de maior risco, como idosos e imunocomprometidos, que necessitam da dose de reforço com a bivalente para uma proteção adequada”, esclarece Mônica.

O combate às fake news, o esclarecimento da população sobre a eficácia e segurança das vacinas e a percepção correta do risco são elementos fundamentais para controlar a pandemia de Covid-19 e proteger a saúde de toda a sociedade. A conscientização e adesão à vacinação são armas poderosas para enfrentar essa crise de saúde global e reduzir o impacto da doença em nossa sociedade.

Mônica também compartilha que para aprimorar as coberturas vacinais, é necessário identificar os motivos que levam à baixa adesão. Orientação, educação e informação são fundamentais, mas existem diversas outras estratégias que podem ser adotadas para enfrentar esse desafio.

“Um dos pontos-chaves é o combate às fake news, que pode ser realizado por meio do treinamento e capacitação dos agentes de saúde. É essencial evitar a rotatividade desses profissionais, garantindo que eles estejam bem preparados para lidar com informações corretas e esclarecer dúvidas da população”, orienta Levi.

Outro ponto, que a presidente da SBIm pontou, é a falta de vacinas que não pode ocorrer em grandes campanhas, pois isso pode impactar negativamente a adesão da população. Manter horários estendidos de atendimento nos postos de vacinação é outra estratégia importante, facilitando o acesso daqueles que têm dificuldades em comparecer em horários tradicionais.

Além disso, é fundamental que as vacinas não sejam negadas em hipótese alguma e que os profissionais de saúde incentivem ativamente a imunização. O apoio e engajamento dos profissionais são cruciais para criar um ambiente propício à vacinação e garantir que a população se sinta segura e motivada a receber as doses.

“Somente com a implementação de um conjunto diversificado de estratégias será possível melhorar as coberturas vacinais e aumentar a proteção da população contra doenças infecciosas. O investimento contínuo em educação, conscientização e acesso facilitado às vacinas são passos fundamentais para alcançar esse objetivo e fortalecer a saúde pública como um todo”, garante Mônica.

Dra. Anna Luiza corrobora com a preocupação ligada à disseminação de fake News. Para ela, em relação à imunização, a informação irreal tem sido uma preocupação atual, resultando em notícias errôneas e inverídicas disponíveis para grande parte da população através das mídias. Essa desinformação tem levantado questionamentos sobre a importância e o valor da imunização, gerando dúvidas e incertezas entre as pessoas.

“Infelizmente, a propagação de informações fictícias e enganosas tem influenciado negativamente a percepção das pessoas em relação à vacinação. Especialmente entre aquelas que têm pouco acesso à ciência e a informações de qualidade, a confusão causada pelas fakenews pode levar à decisão de não se vacinar”, explica Dra. Gryschek.

Esse cenário desafiador ressalta a importância de combater as fakenews e garantir o acesso a informações precisas e embasadas cientificamente sobre a imunização. É fundamental promover a conscientização e a educação da população para que ela possa tomar decisões informadas e embasadas em evidências quando se trata de sua saúde e da saúde pública em geral.

Para a Dra. Anna Luiza, a Enfermagem deve valorizar e divulgar o sucesso da imunização, especialmente ressaltando os benefícios obtidos e os casos de sucesso. É essencial aumentar a adesão à imunização, destacando como ela contribui para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros, evitando mortes e doenças graves por meio da vacinação. A vacinação é capaz de reduzir significativamente a morbimortalidade relacionada a doenças imunopreveníveis.

“É dever da Enfermagem zelar pela imunização e divulgar amplamente os impactos positivos que ela traz para a saúde pública. Através da vacinação, é possível ampliar a proteção e promover uma vida mais saudável para toda a população”, destaca

Grupos prioritários e flexibilização nos esquemas vacinais

A Dra. Anna Luiza explica que as vacinas têm sido, prioritariamente, oferecidas a grupos com vulnerabilidades, como idosos e crianças, no início de sua disponibilização. No entanto, devido à adesão não tão completa às campanhas de vacinação, especialmente no caso da vacina contra a Influenza A, o Ministério da Saúde tem optado por flexibilizar a oferta, permitindo que outros grupos também recebam a imunização.

“Um exemplo disso é a vacina contra a Influenza A, na qual o Ministério da Saúde ampliou a faixa etária de elegibilidade para além dos idosos, incluindo também pessoas com mais de 18 anos, uma vez que as coberturas vacinais esperadas não foram atingidas. O mesmo fenômeno é observado com relação à vacinação contra a COVID-19. Os grupos que mais aderiram à imunização foram os de idosos, seguidos pelas demais faixas etárias. Similarmente, com a vacina da Influenza A, a adesão também apresentou desafios”, pontua Anna Luiza.

A enfermeira citou ainda que, em 2022, a cobertura vacinal para a terceira dose da COVID-19 entre adultos com menos de 30 anos ficou abaixo de 40%, e na faixa etária de 18 a 19 anos, a adesão foi ainda menor, em torno de 25,2%. Esses números revelam que as metas de cobertura vacinal não estão sendo alcançadas conforme o planejado.

A baixa adesão à imunização em diferentes grupos populacionais é uma preocupação, pois a vacinação é uma ferramenta vital para proteger a saúde da população e controlar a disseminação de doenças infecciosas.

Dra. Anna Luiza pontua que, “dessa forma, é essencial que as autoridades de saúde continuem promovendo campanhas de conscientização e esclarecimento sobre a importância da vacinação em diferentes faixas etárias. O acesso facilitado às vacinas e a compreensão dos benefícios individuais e coletivos da imunização são fundamentais para aumentar as coberturas vacinais e garantir uma proteção mais ampla para toda a população”.

De acordo com Mônica, a definição dos grupos prioritários para a vacinação contra Influenza e Covid-19 é pautada no risco de comorbidades e faixa etária, considerando aqueles que têm maior probabilidade de desenvolver formas graves das doenças ou enfrentar maior risco de morte.

Essa abordagem tem se mostrado crucial para a eficácia das campanhas de vacinação, permitindo a proteção direcionada para os grupos mais vulneráveis e garantindo uma resposta mais efetiva na contenção das doenças infecciosas.

“Ao priorizar esses grupos, as autoridades de saúde visam reduzir a morbimortalidade associada à Influenza e à Covid-19, protegendo os indivíduos que estão em maior risco de complicações graves”, esclarece Mônica.

SBIm: orientações diferentes para covid-19 e influenza na vacinação

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) tem adotado orientações distintas quando se trata da vacinação contra Covid-19 e Influenza. Enquanto, para a Covid-19, a SBIm segue as diretrizes do Ministério da Saúde, divulgando os grupos-alvo recomendados; para a vacinação contra Influenza a abordagem é diferente.

No caso da Covid-19, a SBIm busca disseminar a importância da proteção coletiva, visto que não existe possibilidade de proteção individual, diferente das diretrizes oficiais.

“Por outro lado, para a vacinação contra Influenza, a SBIm entende que todos, a partir dos seis meses de idade, devem ser vacinados. Isso se deve à possibilidade de proteção individual e à existência de diferentes opções de vacinas disponíveis no setor privado, como a vacina high dose para pessoas com 60 anos ou mais, e as vacinas tetra valente e bivalente. Dessa forma, há uma consideração sobre o risco de transmissão do vírus, seja em ambientes escolares ou no próprio domicílio”, esclarece Mônica.

A SBIm enfatiza a importância da vacinação dos grupos mais vulneráveis, como idosos, pessoas com comorbidades, imunocomprometidos, gestantes e crianças menores. Ainda assim, a orientação é que todas as faixas etárias sejam vacinadas, reconhecendo a importância de ampliar a cobertura vacinal e proteger a população de forma abrangente.

“A Sociedade Brasileira de Imunizações tem participado, nessas batalhas de retomada das vacinas, de todas as formas possíveis. Sejam em campanhas nas mídias digitais, seja em eventos localizados em todos os estados do Brasil, a gente sempre tenta manter os eventos, seja no virtual ou presencial, atualizações das informações a cada três ou quatro meses. A SBIm tem participado dessas estratégias locais, se fazendo presente com os profissionais da Fiocruz e Ministério da Saúde”, exemplifica a presidente.

De acordo com Mônica, essas ações integradas refletem o compromisso da SBIm em promover a saúde pública por meio da vacinação, buscando alcançar resultados positivos na proteção da população contra doenças infecciosas. A colaboração entre diferentes instituições e a disponibilização constante de informações atualizadas são fatores essenciais para alcançar uma vacinação eficaz e abrangente em todo o território nacional.

Metas de vacinação: decisões estratégicas embasadas em dados de saúde pública

A definição das metas de vacinação é uma abordagem embasada em análises criteriosas de saúde pública e custo-efetividade. Por meio dessas análises, determina-se o percentual mínimo da população-alvo para cada vacina, buscando reduzir significativamente a carga da doença.

Segundo explicou a presidente da SBIm, no caso da vacinação contra a gripe, por exemplo, essas metas são estabelecidas com base em registros detalhados no Sivep Gripe, sistema que reúne informações sobre sintomas e sinais clínicos específicos. Os dados provenientes do sistema de notificação de casos, como o InfoGripe, também são fundamentais para nortear as decisões estratégicas.

Esses bancos de dados são fundamentais para monitorar a circulação do vírus da gripe, identificar padrões sazonais e analisar o impacto das campanhas de vacinação. Com base nessas informações, as autoridades de saúde podem direcionar esforços de forma mais precisa, concentrando-se em grupos prioritários e regiões com maior vulnerabilidade.

“Essa abordagem embasada em dados é fundamental para garantir uma vacinação eficiente, maximizando os benefícios da imunização e protegendo a saúde da população. As metas estabelecidas são um guia essencial para o sucesso das campanhas de vacinação e a prevenção de doenças infecciosas, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e bem-estar geral da sociedade”, garante Mônica.

A importância das vacinas: um produto de valor inestimável

Dra. Anna Luiza enfatiza o valor das vacinas, assegurando serem produtos de extrema pureza e carregam uma responsabilidade ímpar em todas as etapas do seu processo, desde a produção até a disponibilização e manutenção. Diante disso, cada vez que se menciona vacina, é ressaltada a seriedade e importância que ela representa. É um recurso de valor inestimável.

“O propósito das vacinas é claro: proteger principalmente os grupos mais vulneráveis, garantindo imunização contra doenças e salvando vidas. A vacinação consegue reverter quadros de morbimortalidade, sendo uma aliada essencial na promoção da saúde”, ressalta Gryschek.

Em relação a eventuais efeitos colaterais, a profissional diz que é importante destacar que eles são extremamente raros, ocorrendo em apenas um caso a cada milhões de doses administradas. Quando se analisa a relação custo-benefício, percebe-se claramente o quão vantajoso é o uso das vacinas. “Proteger vidas, salvar pessoas e melhorar a qualidade de vida da população são conquistas que superam de longe qualquer risco potencial”.

As vacinas são produtos confiáveis e preciosos, nos quais toda a sociedade deve depositar sua confiança. São um dos maiores avanços da medicina, representando uma poderosa ferramenta para a prevenção de doenças e a promoção da saúde coletiva.

Em suma, as vacinas são elementos de valor inestimável, comprovadamente seguros e eficazes na proteção da saúde pública. A confiança na imunização é essencial para alcançar o controle e, em muitos casos, a erradicação de doenças que antes ameaçavam a vida de milhões. Ao valorizar e promover o uso das vacinas, contribuímos para um futuro mais saudável e protegido para toda a população.

O impacto transformador das vacinas: mudando o perfil epidemiológico

Ao longo das últimas décadas, as vacinas desempenham um papel fundamental na transformação do perfil epidemiológico das populações. É crucial que a população compreenda a importância dessas medidas imunopreventivas, uma vez que elas foram e são responsáveis por erradicar doenças e melhorar significativamente a qualidade de vida de milhões de pessoas.

Segundo Dra. Anna Luiza, graças às vacinas, “testemunhamos mudanças drásticas em nosso cenário de saúde. Doenças que antes aterrorizavam populações inteiras foram controladas e até mesmo erradicadas. A varíola é um exemplo emblemático dessa conquista, uma doença que assolou a humanidade por séculos e que, hoje, é coisa do passado, graças aos programas de vacinação em larga escala”.

Outro sucesso notável das vacinas é o controle do sarampo, uma doença altamente contagiosa que costumava levar à morte muitas crianças. Com campanhas eficientes de vacinação, foi possível equacionar a situação do sarampo, protegendo, assim, a saúde de milhões de pessoas.

A paralisia infantil, causada pelo vírus da poliomielite, é outro exemplo marcante de como as vacinas foram responsáveis por eliminar o fantasma dessa doença devastadora. Atualmente, muitas pessoas não vivenciaram os horrores da poliomielite, graças à imunização bem-sucedida que protegeu gerações contra essa enfermidade.

“É importante ressaltar que a vacinação não apenas erradicou doenças, mas também contribuiu para a redução drástica dos casos e complicações de várias doenças imunopreveníveis. Ao proteger a população contra vírus e bactérias patogênicas, as vacinas são aliadas essenciais na promoção da saúde pública e na prevenção de surtos e epidemias”, ressalta Dra. Gryschek.

A formação de profissionais: ética, técnica e comprometimento com a saúde pública

A formação de futuros enfermeiros é um aspecto crucial para garantir que a nova geração esteja preparada para oferecer assistência profissional ética, política e tecnicamente embasada, visando proporcionar cuidados seguros e de alta qualidade.

A Dra. Anna Luiza explica que as instituições acadêmicas têm direcionado esforços para uma formação completa, que abrange valores éticos, comprometimento social e sólida base técnica, incentivando a reflexão sobre o impacto positivo da atuação profissional na saúde da população.

“A busca por uma formação ética e comprometida prioriza uma atuação alinhada às recomendações científicas e técnicas, alicerçada no entendimento das necessidades específicas de cada comunidade atendida e na oferta de cuidados de excelência. O papel da enfermagem vai muito além de apenas administrar vacinas; é fundamental que os futuros enfermeiros compreendam a importância de observar rigorosamente os protocolos de aplicação, considerando a cadeia de frio para preservar a eficácia das imunizações”, diz a Dra.

Ela explica ainda que o imunobiológico, quando administrado no tempo adequado e seguindo as dosagens corretas, pode significar a diferença entre a vida e a morte, entre a saúde e a doença para muitas pessoas. Nesse sentido, a formação dos alunos destaca a vacina como um instrumento de importância indiscutível para a promoção da saúde nas populações.

“Portanto, o objetivo é que esses futuros profissionais da enfermagem saiam preparados e conscientes de que a vacina desempenha um papel crucial na saúde pública. A sua correta aplicação, somada a uma formação ética, técnica e comprometida, permitirá que os enfermeiros contribuam significativamente para a proteção da saúde coletiva e o bem-estar da sociedade na totalidade”, enfatiza a profissional.

A enfermagem no centro da efetividade das campanhas de vacinação

Em situações de epidemias ou pandemias, as campanhas de imunização em massa emergem como uma das melhores estratégias para garantir o acesso generalizado às vacinas. A abertura contínua das salas de vacinas em diversos locais se torna uma medida crucial, permitindo que qualquer cidadão possa facilmente se vacinar. Além disso, a capacitação adequada da força de trabalho da Enfermagem é de extrema importância para garantir que muitas pessoas sejam atendidas com eficiência.

A imunização em massa se mostra como a abordagem mais efetiva quando se trata de conter a disseminação de doenças infecciosas, como a Influenza e a COVID-19. Ao priorizar a vacinação em larga escala, as autoridades de saúde visam alcançar uma alta cobertura vacinal na população, criando uma barreira de imunidade que dificulta a propagação dos agentes patogênicos.

“A disponibilidade de salas de vacinas em diversos pontos estratégicos é uma medida inteligente para facilitar o acesso da população às vacinas. Essa abordagem descentralizada evita deslocamentos excessivos e possibilita que mais pessoas sejam alcançadas, inclusive aquelas que residem em áreas de difícil acesso. Com uma rede abrangente de postos de vacinação, a população pode procurar a imunização de forma conveniente e rápida”, destaca Dra. Anna Luiza.

A enfermeira pontou ainda que a capacitação adequada da força de trabalho da Enfermagem é um fator determinante para o sucesso das campanhas de vacinação em massa. A preparação desses profissionais visa otimizar os processos de aplicação das doses, garantindo que a vacinação seja realizada de maneira segura, rápida e eficiente. Além disso, enfermeiros e técnicos de enfermagem desempenham um papel fundamental na educação em saúde, esclarecendo dúvidas e promovendo a conscientização sobre a importância da imunização.

Quando se trata do sucesso de uma campanha de vacinação e da realização de procedimentos de imunização, é inegável o papel fundamental da equipe de Enfermagem, em especial do enfermeiro ou da enfermeira. Na esfera da saúde pública, a vacinação abrange uma série de etapas que envolvem desde a produção e transporte das vacinas até a administração correta e segura dos imunobiológicos. A Enfermagem está intimamente envolvida em todas essas facetas que permeiam o processo de imunização.

As responsabilidades da equipe de Enfermagem nesse contexto abrangem diversas áreas essenciais. Isso inclui a manutenção da rede de frios, garantindo que as vacinas sejam armazenadas em temperaturas adequadas para manter sua eficácia. Além disso, a preparação das vacinas, a administração das doses corretamente e em locais apropriados, com a aplicação da técnica adequada, são todas atividades sob a supervisão dos profissionais de Enfermagem.

A Enfermagem exerce um papel protagonista ao enfatizar a importância crucial da imunização na redução da morbimortalidade por doenças imunopreveníveis. A pandemia da COVID-19 foi um exemplo marcante de como a imunização desempenhou um papel vital na superação de uma situação extremamente preocupante, resultando em um alto número de óbitos. A imunização se mostrou a única e exclusiva solução para conter a propagação do vírus e salvar inúmeras vidas.

“Portanto, a Enfermagem tem o dever de ser a porta-voz constante dessa importante função da imunização, conscientizando a população sobre os benefícios individuais e coletivos das vacinas. É através da imunização que o indivíduo se protege contra doenças graves, conferindo-lhe uma camada de defesa vital para sua saúde e bem-estar”, fomenta Dra. Anna Luiza.

A atuação da enfermagem como pilares da defesa vacinal e seguridade da saúde e vida da população

Dra. Anna Luiza fomenta a relevância das vacinas e da ciência na prevenção de doenças. Ao longo de sua carreira, ela testemunhou a transformação do cenário de morbimortalidade em relação a doenças imunopreveníveis, como Difteria, Sarampo e Paralisia Infantil.

“É inegável que as vacinas são uma ferramenta poderosa na mudança do cenário de morbimortalidade global. O papel da ciência nesse contexto é fundamental para a pesquisa, desenvolvimento e eficácia desses imunobiológicos. É importante lembrar que a prevenção por meio da vacinação é uma das maiores conquistas da saúde pública”, observa Gryschek.

A enfermeira finaliza, dizendo ser crucial que a sociedade se conscientize sobre a importância da vacinação e das evidências científicas que comprovam sua eficácia na proteção contra doenças. A atuação dos profissionais de enfermagem em favor da imunização é essencial para garantir uma população mais saudável e protegida contra enfermidades evitáveis por meio das vacinas.

Para Mônica, o profissional da Enfermagem desempenha um papel fundamental no ato vacinal, sendo responsável por executar todo o procedimento. Para isso, é essencial que esses profissionais possuam amplo conhecimento sobre as vacinas, incluindo suas características técnicas, locais de aplicação e possíveis interações com outras imunizações. Além disso, devem dominar os conceitos básicos de imunização, compreendendo as regras e diretrizes que regem esse processo.

Nas salas de imunização, cada profissional de Enfermagem deve estar apto a conduzir, teórica e praticamente, a vacinação. O treinamento desses profissionais é crucial para poderem fornecer um acolhimento adequado aos pacientes, explicando com clareza a importância da vacina recomendada para aquele indivíduo e momento específico. Essa abordagem facilita o ato vacinal e fortalece o vínculo entre profissional e paciente, reforçando o compromisso e respeito com as necessidades e peculiaridades de cada público atendido.

A Sociedade Brasileira de Imunizações é uma associação composta predominantemente por profissionais da Enfermagem e médicos, atuando de forma integrada em todas as ações. Essa sinergia possibilita uma troca de conhecimentos significativa, resultando em um trabalho mais eficiente e com resultados planejados e objetivados.

“A colaboração entre essas duas áreas é fundamental para promover a excelência na vacinação, buscando garantir uma imunização efetiva e segura para a população. O comprometimento e cooperação dos profissionais da Enfermagem e médicos reforçam a importância da atuação conjunta na promoção da saúde pública por meio da imunização”, finaliza Mônica Levi.